Enterprise Integration (Integração da Empresa)

Jose Carlos Cavalcanti
3 min readJun 24, 2019

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O conceito de Enterprise Integration tem longa história. Em seu livro de 1996, intitulado “Enterprise Modeling and Integration: Principles and Applications”, François Vernadat assevera que a modelagem da empresa se preocupa em como avaliar vários aspectos de uma empresa, de forma a entender melhor, reestruturar ou projetar as suas operações.

Segundo aquele autor, enterprise integration era, à época, um campo técnico em rápido desenvolvimento, o qual já tinha demonstrado soluções para interconexão, intercâmbio eletrônico de dados, troca de produtos de dados, e ambientes de computação distribuída.

Integração hoje é tudo sobre como fazer diferentes aplicações e sistemas funcionarem juntos. É permitir que eles compartilhem dados, orquestrem fluxos de trabalho de negócios, e coordenem como empregados trabalham ao longo de um crescente número de aplicativos.

Inicialmente, isso significava conectar um software on-premise a outro. De acordo com um post de Ross Garret (para o blog da empresa Cloud Elements), entre 1999 e 2001 um número de empresas de integração como TIBCO, BEA Software, e WebMethods veio a público, validando o que ele chamou de “primeiro mercado de integração”. Essa emergência de ferramentas de integração foi lubrificada pelo crescimento de empresas de software, tais como aquelas voltadas para sistemas ERP, HR e CRM, que os negócios estavam instalando em suas companhias.

Para Garret, a paisagem tem mudado muito desde então. SaaS — Software as a Service tem mudado dramaticamente como nós compramos, consumimos e adotamos software — tornando as aplicações de negócios mais fáceis de comprar, usar e manter. Como resultado, software se tornou um elemento diferenciador dos negócios, não somente uma ferramenta. E todas as empresas e negócios estão adotando SaaS/Cloud e aplicações móveis a um passo cada vez mais rápido.

Agora, quase duas décadas depois, uma segunda onda de integração está sendo fomentada pela “Transformação Digital- TD”, uma prioridade para muitas empresas de hoje. A TD é centrada em torno da adoção do estado da arte das apps e sistemas, e possibilita integrações inteligentes, rápidas, adaptáveis e autônomas ao longo de todas as aplicações, APIs- Application Programming Interfaces, dados, pessoas e dispositivos de uma companhia, para entregar experiências inovadoras, personalizadas, e em multi-canais.

De acordo com David K. Codelli, da Red Hat, a integração é crítica para os negócios digitais. Ela conecta novos apps, dados, dispositivos para que se obtenha o maior valor dos dados da empresa, a partir de:

● Entrega holística e experiências engajadoras de consumidores;

● Possibilidade de modelos de engajamento crescente de consumidores;

● Desenvolvimento de ecossistemas de parceiros e fornecedores;

● Ganho de mais insights com os dados;

● Sustentação de vantagem competitiva.

No entanto, como se pode observar pela Figura 1 à frente, a integração não é uma jornada simples. Ela envolve diferentes dimensões, aspectos, ferramentas, dispositivos, conexões (marcadamente com sistemas legados), infraestruturas, e distintos objetivos. Só para que o leitor tenha uma ideia disso, basta que se observe que um bom guia de integração de APIs envolve as seguintes fases: a) Pre-Integration; b) Custom Authentication; c) Data Discovery; d) Mapping and Transformation; e) Logging and event management.

Em resumo, estamos diante de um campo técnico que não é novo, mas que é repleto de novas oportunidades, e também novos desafios!

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre enterprise integration, não hesite em nos contatar!

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